O café, a bebida mais consumida no Brasil, se consolidou como o alimento mais caro da cesta básica, de acordo com dados de 2024. O preço do produto subiu significativamente, impactado por uma série de fatores climáticos e econômicos. O aumento foi impulsionado, principalmente, pelas temperaturas extremas e estiagens que afetaram diretamente a oferta da bebida.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o valor do grão pode aumentar mais de 25% nos próximos dois meses. Este aumento foi mais acentuado do que o observado em outros produtos da cesta básica, como leite (+18,4%), arroz (+15%) e óleo de soja (+26,6%), conforme dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA), citado pela Abic.
Até dezembro de 2024, um pacote de 1 kg de café tradicional podia ser adquirido em média por R$ 42,65, já em janeiro de 2025, o custo médio de 1 kg de café tradicional custou R$ 56,07. No entanto, o impacto do aumento do preço do café vai além das questões climáticas. Outros fatores contribuem para a alta, como o aumento dos custos logísticos devido às tensões geopolíticas no Oriente Médio, que encarecem o transporte internacional. Além disso, o crescimento no consumo de café, com mais brasileiros se interessando pela bebida e comprando grãos diretamente de fornecedores ou frequentando cafeterias especializadas, também tem influenciado na pressão sobre os preços.
Esse cenário reflete não apenas o impacto direto no bolso dos consumidores, mas também a crescente valorização do café como um produto de consumo sofisticado no país.